De acordo com o diagrama, Wundt afirmava que o ser humano é uma mente ou consciência, daí se ter debruçado sobre o estudo da consciência, tendo iniciado a sua investigação a partir das suas principais manifestações:
- Pensamentos
- Lembranças
- Emoções
- Sentimentos
O método que desenvolveu para tal estudo foi a introspeção, ou seja, o conhecimento das emoções através da observação interna e da reflexão por parte do sujeito. O indivíduo é ao mesmo tempo, sujeito do conhecimento e objeto de estudo num processo de auto-observação.
Wilhelm considerava que para obter resultados fiáveis, deveria de se recorrer à introspeção laboratorial ou controlada, o que implicava ser controlada por observadores externos e a estruturação da descrição das emoções.
A introspeção controlada divide-se nas seguintes etapas:
- Apresentação de pequenos estímulos visuais ou auditivos a um conjunto de observadores treinados
- Os sujeitos descrevem as suas emoções
- Os dados eram então, depois relacionados e interpretados por pessoas entendidas em psicologia
Nota: O papel do sujeito na observação e na descrição do que se passa consigo faz com que este funcione ao mesmo tempo como observador e observado.
Contudo, existiam críticas ao nível deste método, tanto na falta de rigor como nos seus limites de aplicação.
Quanto à falta de rigor salientavam-se as seguintes críticas:
- É difícil para o observador observar-se a si mesmo. O sujeito pensante não se pode dividir em dois, um que pensa e outro que se analisa a pensar.
- Os fenómenos psíquicos não coincidem com a sua observação. Isto leva a recorrer à memória, o que provoca distorções.
- A tomada de consciência de um fenómeno altera esse fenómeno, reduzindo as componentes afetivas.
- A auto-observação não pode ser controlada por outros observadores, dado que é impossível observar a consciência de outrem.
- Os sujeitos podem não dispor de linguagem apropriada para transmitir o que se passa no seu interior.
Relativamente aos limites de aplicação, as reprovações faziam-se porque:
- Não se destina aos fenómenos fisiológicos, visando apenas os psicológicos.
- Não se pode aplicar a crianças, animais e doentes mentais.
- Não permite a observação de fenómenos inconscientes, destinando-se apenas aos conscientes.