Estruturalismo

wundt

 

De acordo com o diagrama, Wundt afirmava que o ser humano é uma mente ou consciência, daí se ter debruçado sobre o estudo da consciência, tendo iniciado a sua investigação a partir das suas principais manifestações:

            - Pensamentos

            - Lembranças

            - Emoções

            - Sentimentos

 

O método que desenvolveu para tal estudo foi a introspeção, ou seja, o conhecimento das emoções através da observação interna e da reflexão por parte do sujeito. O indivíduo é ao mesmo tempo, sujeito do conhecimento e objeto de estudo num processo de auto-observação.

Wilhelm considerava que para obter resultados fiáveis, deveria de se recorrer à introspeção laboratorial ou controlada, o que implicava ser controlada por observadores  externos e a estruturação da descrição das emoções.

 

introspeção

 

 

 

A introspeção controlada divide-se nas seguintes etapas:

 

  1. Apresentação de pequenos estímulos visuais ou auditivos a um conjunto de observadores treinados
  2. Os sujeitos descrevem as suas emoções
  3. Os dados eram então, depois relacionados e interpretados por pessoas entendidas em psicologia

 

 

Nota: O papel do sujeito na observação e na descrição do que se passa consigo faz com que este funcione ao mesmo tempo como observador e observado.

                                         

Contudo, existiam críticas ao nível deste método, tanto na falta de rigor como nos seus limites de aplicação.

 

Quanto à falta de rigor salientavam-se as seguintes críticas:

  1. É difícil para o observador observar-se a si mesmo. O sujeito pensante não se pode dividir em dois, um que pensa e outro que se analisa a pensar.
  2. Os fenómenos psíquicos não coincidem com a sua observação. Isto leva a recorrer à memória, o que provoca distorções.
  3. A tomada de consciência de um fenómeno altera esse fenómeno, reduzindo as componentes afetivas.
  4. A auto-observação não pode ser controlada por outros observadores, dado que é impossível observar a consciência de outrem.
  5. Os sujeitos podem não dispor de linguagem apropriada para transmitir o que se passa no seu interior.

 

Relativamente aos limites de aplicação, as reprovações faziam-se porque:

  1. Não se destina aos fenómenos fisiológicos, visando apenas os psicológicos.
  2. Não se pode aplicar a crianças, animais e doentes mentais.
  3. Não permite a observação de fenómenos inconscientes, destinando-se apenas aos conscientes.

 

cérebro